O problema, entretanto, é que a atuação e, principalmente, as expectativas relacionadas a essas lideranças, sobretudo ao papel do CTO, permanecem incertas. Empresas diferentes, com variados níveis de maturidade tecnológica, apresentam demandas diversificadas, não só em escala quanto em natureza. Para complicar, o universo corporativo parece não colaborar criando papéis com definições aproximadas e, muitas vezes, sobrepostas.
Independente do jargão corporativo, é fato que as empresas precisam de gente boa falando de tecnologia do jeito certo. Se o CFO é a pessoa que ajuda a companhia a entender o negócio sob o ponto de vista financeiro, o CMO é quem desenvolve o entendimento mercadológico, o COO é quem sensibiliza e norteia a execução das operações, então, é esperado que o CTO seja quem contribua com visão aprofundada da perspectiva de tecnologia.
O objetivo deste livro é ajudar pessoas responsáveis pelo direcionamento tecnológico das organizações a fazer bem esse trabalho. O conteúdo aqui compartilhado é uma compilação de lições aprendidas acumuladas ao longo dos anos liderando e apoiando líderes na obtenção de resultados. Esse aprendizado, aliás, é pautado em sucessos e em fracassos.
Concordo plenamente! Acredito que todos os ramos de negócios, no futuro, serão anyTECH. A tecnologia deixou de ser o meio para ser, muitas vezes, o fundamento exclusivo de um negócio.
Então podemos dizer que logo o CEO de uma empresa será substituído por um CTO? Quero dizer, as decisões que nortearão os rumos, sucesso ou fracasso da organização, estará nas mãos do CTO?
Não necessariamente, @Alessandro. Os papeis são bem distintos. Todos no nível C (C*O) decidem de forma que afetam o sucesso ou fracasso, porém o papel do CEO é distinto do CTO mesmo numa empresa puramente tech.
Concordo, e até mesmo as empresas que já possuem esse aparato tecnológico, busca cada vez mais otimização e transformação digital.
Não conhecia o conceito VUCA.
Assim como descrevestes o significado de VUCA em sua primeira menção, seria interessante também, acrescentar os significados das outras siglas (CTO, CFO, CMO, COO). ?
Único ponto que me gera dúvida é o quão especialistas precisam ser estas lideranças de alto nível.
Concordo que na perspectiva do digital, é fundamental ter um bom conhecimento (e preferencialmente um grande background), mas a falta de limites de “especialistas” aqui deixa um espaço grande de interpretação.
Particularmente acho a afirmação “não há executivos mais ambientados do que aqueles provenientes de tecnologia” muito forte.
Com certeza auxilia – e muito – mas no âmbito menos técnico (que é de fato onde os pontos de VUCA realmente pegam) outras áreas também favorecem igualmente.
Isso para deixar claro – IMO – que fazer parte de tecnologia por si só não credencia ninguém como mais ou menos ambientado a um mundo VUCA – ainda há muita dedicação necessária aqui para isto.
Sim, totalmente de acordo.